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terça-feira, 5 de outubro de 2010

Macarrão instantâneo (miojo)

Existem hoje muitos sabores a escolher, mas este é clássico. ( As pessoas que me perdoem, tem várias marcas na praça, mas o da Nissin ainda é o melhor.)


Pode ser chamado também de salvação da lavoura, ou fome eu não passo, ou pelo menos isto eu sei fazer.

"Macarrão instantâneo (também conhecido como miojo) é um tipo de macarrão pré-cozido,  a ser preparado apenas com a adição de água fervente - durante uns poucos minutos - e um pacote de tempero pronto." (Quando a água levanta fervura, coloque o macarrão instantâneo, marque três minutos no relógio, e desligue. Importante,:o tempero se põe logo após se apagar o fogo.

Com um pouco de imaginação pode ser complementado com legumes ralados, ervilha de lata,  afiambrada, ou a saída clássica, um belo ovo frito.  Como diria o poeta Aristides Theodoro, delícia!



Nossa justa homenagem a este gênio salvador dos estudantes e momentos de fome sem o devido acompanhamento de criatividade, e ou vontade de imaginar mesmo. é a comida dos preguiçosos e dos ocupados demais. 

"Acredita-se que o primeiro macarrão instantâneo foi o E-fu, na China, do século XVI.Entretanto, o inventor do macarrão instantâneo de nossos dias foi Momofuku Ando, nascido em Taiwan em 1910 durante a ocupação japonesa. Apelidado de o "Rei dos Macarrões", Momofuku morreu em 05 de janeiro de 2007, em Osaka no Japão, em decorrência de uma crise cardíaca. "A paz está garantida quando não se está com fome", dizia Momofuku, que criou o famoso macarrão em 1958, pela empresa Nissin, que no Brasil em seus primeiros anos teve o nome Miojo, o qual se tornou sinônimo do produto. Atualmente, há uma variada gama de produtos baseados em macarrão instantâneo: talharim, yakisoba, "cup noodles", etc.

Em sua biografia, Momofuku Ando diz que sua necessidade de fabricar alimentos de baixo custo e de preparo fácil se deu início após ter presenciado, depois da guerra, uma enorme fila de pessoas famintas diante de uma vitrine clandestina de sopas de fios de massa.

Seu baixo custo e sua facilidade de preparação tornam o macarrão instantâneo um alimento popular entre aqueles que não sabem cozinhar, estudantes e pessoas que vivem sós. "  ( E de nosotros, pero si.)

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Salada Caprese

Sou uma cozinheira inexperiente. Sempre fui  pouco para o fogão, até cerca de um mês atrás, quando casei (vamos falar nesses termos para facilitar). Mesmo assim, só cozinho de fim de semana, pois trabalho todos os dias das 9h às 18h e estudo à noite, então não me sobra muito tempo para experiências culinárias. Mas sempre que posso, tento fazer alguma coisa, não só para aprender, mas porque eu adoro cozinhar.

Como eu ainda não tenho muito jogo de cintura na cozinha, procuro sempre receitas mais simples, com a intenção de ir pegando o jeito da coisa. Por isso vai demorar um pouco para eu vir escrever receita de lombo de porco caramelizado com calda de laranja da pérsia. Hoje, por exemplo, resolvi compartilhar uma experiência simples, rápida, mas mesmo assim muito saborosa: salada Caprese.

Fiz essa em um dia no qual estava sem fogão. Na verdade eu tinha o fogão, mas o gás não estava a fim de funcionar e tive que apelar para a lasanha congelada da Sadia. Só que isso não é comida de verdade, então fiz uma saladinha para complementar. Retirei a receita do livro “Cozinha das 7 Famílias – Itália” (Editora Larrousse – 2010).

Os ingredientes são simples:
- Tomates
- Mussarela de Búfala
- Manjericão fresco
- Azeite

Eu não encontrei mussarela de búfala no mercado, então usei a comum. Mas em formato de nó em vez de fatiada. Corte os tomates e a mussarela. Depois, faça camadas no prato na sequência: tomate-mussarela-tomate-mussarela. Tempere tudo com azeite e coloque as folhinhas de manjericão. Está pronto!

É um ótimo prato para uma pessoa, mas o rendimento depende da quantidade de tomates e mussarela. Usei três tomates e cerca de 300g de queijo em uma porção para duas pessoas. Depois montei uma individual com um tomate apenas.

Fica ótima comida na hora, mas se você deixar macerando no azeite e no manjericão de um dia para o outro, o sabor do tempero fica acentuado.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Frango Xadrez

Minha culinária diária não vai muito além de miojos, bifes empanados que minha mãe prepara mensalmente e congela (sim, sou mimadinho pela mamãe), salsicha, ovo, e os mais diversos tipos de comidas congeladas. Logo, quando eu resolvi fazer um jantar especial para meu namorado no dia em que completamos três meses (o que para mim é quase um recorde) já sabia que não seria fácil. A escolha do prato não demorou muito: a única comida que eu lembrava já tê-lo ouvido dizer que gostava muito era Frango Xadrez. Recorrendo ao Deus Google, encontrei uma receita que me pareceu bem simples. E pronto, ali começou minha jornada.

Acho que a maioria das pessoas teria enorme facilidade com essa receita. A maioria. Eu não.

Para começar temos o fato de que de todos os ingredientes necessários eu só tinha a água e o sal. Minha cozinha nunca tinha nem conhecido alguns dos ingredientes básicos como azeite, maisena e cebola (não gosto de cebola, sempre substituo por alho; se a receita já levar alho, coloco MAIS alho – crianças, não façam isso em casa, nem sempre funciona). Eu teria que comprar tudo, mesmo tendo pavor de fugir da rotina de compras no supermercado (são muitas opções e variedades de um único tipo de produto, nunca sei qual levar!). E a outra coisa que me atormentava era a idéia de cortar o frango em cubos. Parece algo meio besta para alguém que faz biologia, mas tenho pavor só de pensar em mexer com carne crua: o cheiro, a textura... argh! (Mais tarde me informaram que se eu tivesse pedido para cortarem o frango no supermercado, eles teriam cortado. Obrigado amigos por me informarem só agora).

Como eu realmente queria impressionar meu namorado, fui para o supermercado. Acontece que eu sempre faço compras em um mercado pequeno perto de casa, que no domingo a tarde já estava fechado. Sendo assim, tive que ir para um mais afastado, onde até então eu só tinha ido acompanhado. Nem preciso dizer que me perdi no caminho né? Fiquei alguns minutos andando em círculos (porque eu sou daqueles que volta para casa, mas não pergunta para ninguém da rua) até receber uma luz divina, entrar em uma rua aleatória e me deparar com o supermercado bem na minha cara.

As compras foram uma chuva de dúvidas: como se escolhe um pimentão? Por que o pimentão amarelo é absurdamente mais caro que os outros? O amendoim é com ou sem casca? E antes disso, ONDE ficam os amendoins e o cogumelo? Qual a diferença entre o Shoyu tradicional e o Premium?

No final escolhi os pimentões mais simpáticos visualmente e desisti de entender a diferença de preços, comprei o amendoim sem casca (que estava espalhado pelo supermercado! Tinham alguns no corredor X, outros no Y, outros perto dos frios, outros no caixa... Não entendi essa distribuição até agora). O cogumelo eu não achei e, como eu não gosto de cogumelos, não me dei ao trabalho de perguntar para alguém. A diferença entre os Shoyus permanece um mistério para mim.

Ao final das compras cheguei à seguinte lista de ingredientes:

· 2 colheres de sopa de azeite de oliva

· (2 cebolas) médias cortadas em cubos (usei só uma, ainda não curto cebola)

· 2 dentes de alho esmagados (como minhas experiências anteriores com dentes de alho deixaram minha mão fedendo para sempre, usei daquele alho que já vem picado dentro de um potinho)

· 500 g de file de frango sem pele cortado em cubos

· Sal a gosto (odeio a pessoa que acha que escrever “A GOSTO” em uma receita passa alguma informação para alguém que não tem experiências culinárias)

· 1 pimentão verde cortado em cubos

· 1 pimentão vermelho cortado em cubos

· 1 pimentão amarelo cortado em cubos

· 1 xícara de cha de cogumelos em conserva cortados ao meio (eliminado)

· 1/4 de xícara de molho shoyu (como xícara não existe na minha kitnet, foi ¼ de copo de requeijão mesmo)

· 1 colher de sopa de maisena

· ½ xícara de cha de água

· 2 colheres de sopa de amendoim torrado (na verdade eu nem medi, só fui jogando. Adoro amendoim!)

Voltando do supermercado, passei na república dos meus amigos para emprestar uma faca de cortar carne. Tendo em mente que eu nunca precisei de uma antes, nunca tinha passado pela minha cabeça comprar uma. Chegando em casa, já era hora de começar a cozinhar. Eu queria surpreender meu namorado, que havia viajado no final de semana para a casa dos pais e estaria de volta em poucas horas.

Primeiro o mais difícil: cortar o frango. Eu demorei bastante para dominar a situação, mas, após algum tempo e ajuda dos amigos no MSN, eu peguei o jeito. Ao final, percebi que 500g não é tanto frango quanto eu achei que fosse. Os pedaços ficaram totalmente irregulares, mas isso não fez diferença no final. Depois disso, cortar os pimentões e a cebola foi fácil (achei divertido constatar que cebolas realmente nos fazem chorar).

Estando tudo pronto, segui para o “Modo de Preparo”:

· Em uma frigideira ou panela grande, misture a metade do azeite de oliva, a cebola, o alho e deixe fritar

· Retire e coloque em um prato

Realizado quase sem problemas. O alho deu uma queimadinha no fundo da panela, mas bem pouco.

· Na mesma panela, coloque o sal, o restante do azeite e frite os pimentões e os cogumelos por 5 minutos

· Tire e coloque em outro prato

Estava tudo perfeito, até que na hora de tirar do fogo eu me dei conta que tinha esquecido do sal. Coloquei um tanto X de sal, completamente na sorte (maldito “a gosto”! como eu vou saber se está bom de sal se só tem pimentão na panela?). Isso fez com que o pimentão soltasse mais água, então creio que seja algo importante nessa etapa. Deixei mais tempo no fogo e quando a água secou novamente eu continuei com a receita.

· Ainda na mesma panela, coloque o frango e frite até dourar

Essa parte foi complicada. O frango começou a soltar muita água e cozinhar, então eu comecei a me perguntar se para fritar até dourar eu teria que tirar a água. Levei tanto tempo para chegar a uma conclusão que a água secou e decidiu por mim. O frango deu uma dourada meio leve, mas o alho, presente na panela desde a primeira etapa, junto com algumas coisas que se juntaram a ele no caminho, estava muito queimado. Fiquei preocupado que isso pudesse passar o gosto para o frango, então já fui para a próxima etapa.

· Coloque todos os ingredientes novamente na frigideira, misture bem com uma colher de pau e refogue por mais 2 minutos

· Em uma xícara, misture o molho shoyu, a maisena e a água

· Mexa bem e junte a mistura de frango

Essa parte ocorreu totalmente sem problemas e nessa hora eu já estava dando pulos de alegria por estar quase atingindo meu objetivo com sucesso.

· Cozinhe mexendo constantemente ate formar um molho espesso

· Coloque em uma travessa e polvilhe com amendoim

E finalmente, estava concluído meu frango xadrez! E nesse exato momento meu namorado chegou, timing perfeito. Ele amou a surpresa e disse que meu frango ficou melhor até que o da mãe dele (ele provavelmente mentiu, mas prefiro acreditar). Mas o frango realmente ficou muito bom! Eu não achei que daria tão certo com toda a minha inaptidão. Mas nunca acreditem no número de porções da receita que os sites informam. Eles tomam como base modelos ou crianças recém-desmamadas. Essa receita rendeu três (consideráveis) porções.

Pretendo fazê-la novamente um dia desses, se eu realmente conseguir comprar o frango já cortado.

domingo, 19 de setembro de 2010

Porção de alcatra com vinho e mel

Gostaria de compartilhar um episódio que aconteceu na última sexta-feira. Alguns também podem entender como uma receita... Mas que fique claro: Quando meus episódios de culinária intuitiva se manifestam, não são simples receitas de pratos. São receitas de filosofia e comportamento.

Como era sexta e eu já tinha terminado todo o trabalho da semana, naturalmente eu comecei a tomar algumas cervejas durante a tarde, enquanto limpava a casa. De repente me dei conta que a casa estava limpa e eu estava bêbado... Então resolvi dar uma festa com amigos. Depois de esvaziar outras cervejas, um martini e vinho, nos demos conta de que o Torcida de Churrasco não seguraria o estômago da galera. Aí eu resolvi abrir a geladeira...

Por sorte, encontrei alcatra (que pela graça dos deuses já estava fatiada). A mesa já estava no quintal, as cartas de baralho já estavam espalhadas (e sujas de cerveja, naturalmente), então o que estava faltando ali, óbvio, era uma PORÇÃO!

Cortei as fatias em tiras, deixei num prato e permiti que o vinho tomasse conta do meu cérebro. Piquei cebola (perdoem-me aqueles que não gostam de cebola... APRENDAM A GOSTAR. Cebola é fundamental, e ainda faz bem para a circulação e o coração... O que é importante para nós, alcoólatras e fumantes). Quando ia procurar um tempero pronto, os antigos espíritos do mal me fizeram olhar para um pote de mel recém comprado. Mel de laranja (uma delícia), que eu só havia comido com sorvete até então.

Coloquei um pouco de óleo, água e vinagre de hortelã na panela, depois joguei uma colher de pau de mel pra dissolver. Em seguida, alecrim, pimenta do reino e um pouquinho de manjericão (nunca abuse do manjericão, principalmente no feijão, pois ele tem um gosto muito forte). Coloquei também um cravo, mas essa parte você pode dispensar, pois foi só pra fazer graça.

Como ainda tinha um pouco de vinho (uns 100 mL) na minha caneca, mandei ele pra panela também. Eu ia ferver, e nós da biologia não temos muito nojinho uns dos outros, mas você pode usar vinho direto da garrafa. Acredito que a saliva das bordas não tenha interferido no resultado final. Aí, como eu não estava preparando uma salada de frutas, coloquei sal e um pouco de shoyu. Pra finalizar, um pouco de gengibre em pó (sou adicto a gengibre).

A essa altura você pode estar se assustando ou achando que eu coloquei tudo o que eu encontrei na frente dentro da panela. Mas não é bem assim. Primeiro porque meu armário é cheio de temperos (então se eu fosse colocar tudo, teria até anis), e segundo porque nesses momentos de culinária intuitiva você tem que ter alguma noção do que está fazendo. Prefira temperos conhecidos, coisas que você já usou em outras receitas e exercite a imaginação com seu paladar. Dois médicos me disseram que sou sinestésico, mas não acho que seja necessário ter um cérebro bagunçado pra entender que vinho vai bem na carne, mas shitake não vai bem com cobertura de morango.

Pois bem. Feito o samba do criolo doido, coloquei a carne pra cozinhar até que ela começou a fritar, então acrescentei a cebola. Nunca coloque a cebola antes, ou ela vai queimar antes da carne! Coloque no final, ou depois (aproveitando o óleo/água que cobram com tempero).

Pra acelerar, dei uma escorrida na água que a carne solta, mas não joguei fora. Depois misturei com farofa pronta e dei uma fritada de leve na mesma panela. Isso vira uns flocos muito gostosos (que são consistentes, e dá até pra comer com palito de dente, como você faria num bar).

Antes de servir, forrei um refratário com pepino em rodelas e pedaços de tomate (até porque havia vegetarianos aqui... e eu teria feito algo mais elaborado se soubesse que ia cozinhar, mas me pegaram desprevenido). Depois coloquei a carne, os flocos e mais um pouco de farofa seca, com um pouco de linhaça (que eu particularmente amo, mas eu recomendaria experimentar antes de usar, porque é ardidinha).

O divertido desses momentos é que, se você está sozinho, é como se estivesse pintando um quadro... Mas depois você come o quadro com gosto, sentindo cada cor deslizando pela goela. Mas, no meu caso, estava com uma galera aqui... Então revezávamos na colher de pau, cigarros, canecas de bebida, enquanto cantávamos músicas sujas aprendidas no Interbio. Alguns diriam que isso é profanar o alimento, mas meus rituais nunca foram convencionais. O sagrado da comida está na alegria e prazer que ela proporciona (antes, durante e depois), então siga seu instinto.

Agora, hora da revisão:

- Alcatra em fatias (pode ser outra carne da sua preferência, mas carne branca não fica tão legal com vinho, pois pega muito o gosto).
- Uma colher bem cheia de mel (não exagere, mel tem gosto forte!)
- Meio copo de vinho tinto
- Três a quatro colheres de vinagre
- Alecrim, manjericão, gengibre e pimenta do reino a gosto
- Um cravo (eu pensei melhor, e acredito que ele tenha sido importante)
- Uma ou duas cebolas cortadas em rodelas
- Farofa pronta (ou caseira, se você tiver o dom)
- Linhaça (se você gostar de linhaça)
- Salada e farofa seca para acompanhar
- Sal!!! E shoyu ou outro tempero salgado (vá experimentando pra ter noção se está bom)

É isso, amigues. E quando terminar, é muito importante dar um nome à sua receita. Se for algo totalmente novo (como esta), você inventa um nome. Se for uma adaptação, você adapta o nome.

Neste caso, batizamos de "Torre de Carne Rainha Elizabeth Primeira" (explicar esse nome levaria outra postagem completa, então deixemos pra lá). Se adaptarem, mudem torre para saguão, Elizabeth Primeira para Vitória, enfim... Algo que faça sentido para o momento =]

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Ovo frito




Para se fritar um ovo, além de um ovo, claro, é essencial uma boa frigideira, pequena, um pouco maior que o ovo, o tamanho ideal é as que sejam o dobro de um ovo estalado, para poder usar para panquecas ou omeletes. As frigideiras com anti-aderente são as melhores, mas uma boa frigideira de ferro, bem velha, também é muito boa, não aconselho muito as de alumínio e de ágate, que não sei porque razão grudam o ovo no processo.

Muito importante observar que o óleo deve estar bem limpo, coloque um pouquinho mais que o fundo da frigideira, levar ao fogo até que esteja bem quente, para os preciosistas um ou dois minutos.

Quebre o ovo com delicadeza em uma superfície dura, o clássico mesmo é a quina da pia, que quase sempre está ao lado do fogão. (Importante, quebre o ovo no sentido equatorial, isto é, no meio da eclipse, uma quebra diferente, no sentido dos extremos, criará dificuldades na hora de colocá-lo na frigideira.) Com delicadeza, termine de quebrar a casca sobre a frigideira, deixando o ovo derramar suavemente sobre o óleo quente, se fizer aquele barulhinho característico, acertou na medida.

Quando a clara assumir uma cor esbranquiçada,  começa um delicado procedimento. Segurando firmemente o cabo com uma mão, utilizando se de uma espátula anti-aderente, uma escumadeira ou colherão no caso da de ferro, coloque o óleo das laterais sobre o ovo, o que criará uma superfície seladora.

Conforme o gosto de cada um a retirada do ovo (colocando a espátula ou escumadeira  cuidadosamente entre o ovo e a frigideira), acontecerá em vários momentos: ovos moles, logo que criar uma superfície semi dura sobre ovo, mais duros um pouco mais de fritura, bem duro para colocar no pão é aconselhável virar pelo menos uma vez, com bastante cuidado, para não entornar o óleo. Existe a opção de quebrar a gema com o instrumento de cozinha que estiver usando para acelerar o processo. Pessoalmente prefiro o processo mais longo, com resultados melhores em questão de sabor.

O domínio de todo o processo sem percalços é uma questão de prática e treino. Lembre-se, o exercício faz o artífice. Queimaduras leves também fazem parte do aprendizado.

Bom apetite.


Abrindo a geladeira para pensar

Um bando de pessoas com diferentes históricos de cozinha. Gente que cozinha de verdade, para sobreviver e matar a fome, mas que faz isso com estilo. Gente que aprende,dá risada, se arrisca, caça receitas, erra, acerta.

Que cozinha para si mesmo ou para um batalhão. Que sabe que existem tamanhos e tamanhos para contabilizar quantas porções serve um prato. Que conta histórias de cozinha - e ainda pior, que outras pessoas contam histórias sobre o que eles fizeram na cozinha.

Esses somos nós. Que aqui na Cozinha Maravilhosa de Dona La'Rica nos encontramos para um vinho, uma breja, um café, em volta da mesa, para conversar sobre receitas, situações, causos culinários, para ensinar uns truques e aprender uns truques.

Seja bem vindo. Puxe uma cadeira e se sirva de um petisco. Porque a cozinha é o coração da casa, e um blog sobre cozinha só pode ser algo bacana.